domingo, 5 de julho de 2009

Vitriol


Esta dialética entre consciência e inconsciência, foi registrada continuamente pelos alquimistas medievais e se tornava uma linguagem obscura para aqueles que não compreendiam os princípios básicos alquímicos.

O Ser Humano se transformou no sagrado cadinho, contendo os 7 elementos alquímicos, que através das influências cósmicas, experimenta no viver e nas relações propiciadas por ela, as diversas formas de manifestação de seu Ego, transmutando-se na Pedra Filosofal que tudo sublima. Foi a este processo que Basile Valetim batizou de V.I.T.R.I.O.L..


A tradução ocultista do Vitriol é "Visitae Interiore Terrae et Retificando Invenias Ocultum Lapidem", isto é, Visita o Interior da Terra e Retificando-te, Encontrarás a Pedra Filosofal".


A primeira vista tal expressão nos remeteria a um complicado processo alquímico, ou até mesmo a subjacente intenção de Valentim a representar uma substância alquímica... Não podemos descartar este fato!!!

No entanto, nem mesmo a concepção vulgar que atribui uma acepção física ao Templo de Salomão é satisfatória, se não surgir de imediato uma analogia ao processo de integração da consciência do próprio indivíduo.

Vitriol representa o incômodo mergulho nas profundezas do Ego, daquilo que é objetivado nas paixões através do desejo, e que simbolicamente nos remete a concepção mítica dos diabos e demônios que deveriam ficar excluídos no Inferno.


O contato com a "Terra" e a "Retificação do Humano" para "Encontrar a Pedra Filosofal", encerra uma sutiliza alquímica desapercebida pelos curiosos.


Apenas encontramos a Pedra Filosofal, quando compreendemos, aceitamos e encaminhamos a "materialidade" que nos compõem, porque enquanto sujeitos, a auto-imagem que compomos do nosso Ser, é um conjunto do Enxofre (matéria), do Sal (Alma) e do Mercúrio (Espírito), e somente através da alquimia interior é que podemos juntar o partido, transformando a Pedra Filosofal.

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