Foi assim que יחאזח encontrou Lúcifer (o portador da Luz) e Satanás (o adversário), conseguindo emanar de si a personalidade fruto do seu processo pessoal de Alquimia Interior, fazendo-o atingir o seu verdadeiro estado de Ser.
Mas, Jóshua ou Iéschuá (Jesus), não foi o único iluminado a descobrir as propriedades da Alquimia Interior... Se buscarmos referências dos chamados avátares em nosso orbe, veremos que todos eles buscaram a sagrada Alquimia entre a Terra e o Céu que nós somos, ascendendo as velas no Templo Interior da Alma, para que pudesse ocorrer a ascese mística, o estado de plenitude que nos faz vibrar em Harmonia, Amor, Verdade e Justiça.
Cada um utilizou o laboratório que teve em suas mãos... Montanha, deserto, abismos ou mar... O abismo ou mar representando o mergulho profundo em sua própria alma, levando o indivíduo a Iniciação. A montanha representando a necessidade de enxergar além, propiciando ao indivíduo a Elevação. O deserto representando a expansão de domínios, remetendo-nos a Exaltação.
Observa-se que todos eles traziam em si a marca da Pedra Filosofal... Dizem que eles eram capazes de realizar milagres, dizem que conseguiam alterar as propriedades da matéria, dizem que conseguiam ludibriar a morte...
Tudo isto é possível de ser verdade, mas nada disto é significativo quando falamos de Alquimia Interior. O sentido de identificação e a noção de reintegração destas consciências consigo mesmo e com o universo ao seu redor, é que parecia que dava mais sentido a elas de buscarem a sua integração com o Todo, fazendo-as atingirem estados de consciência que propiciavam a noção de Unidade. Isto é o que equivale ao ditame alquímico medieval: "Transmutati in lapis philosophorum".
Jung comentava em seu livro "Psicologia e Alquimia", que a Humanidade tem uma natural propensão aos estados alquímicos que lhe remetem a individuação. O inconsciente coletivo tende a se tornar cada vez mais convidativo a consciência, que nesta dialética permite que extravase nos sonhos, o simbolismo sagrado da sua jornada interior, condensação.
Quanto mais esta dialética se torna clara, mais criativo se torna este indivíduo, dando a sua marca pessoal em suas produções, pois permite extravasar de si o conjunto sintagmático subjetivo que o compõe e o define. Foi exatamente isto que os alquimistas medievais grafaram em seus trabalhos alquímicos como resultado da experimentação desta relação, tanto através da prática quanto da filosofia alquímica, da chamada Senda Mística ou Union Mistique.
A pedra filosofal é o resultado desta busca, fruto do casamento alquímico entre Marte e Vênus, conjunction, que resulta em Mercúrio, sublimatio. Não surge como por encanto, é o resultado de uma busca incessante, gradual, que deve ser orientada por um Mestre e vivenciada por um Aprendiz, mesmo que estes papéis sejam apenas aspectos da própria personalidade, que busca a psicosíntese.
O transeunte da Senda não é um iluminado, muito menos uma Pedra Filosofal, porque na conciliação das diferenças, ele deixa extravasar de si as diferenças, as confusões, os abismos mais profundos, as montanhas mais elevadas e os desertos mais isolados. Não raro nos deparamos com posturas díspares de um suposto iluminado...
O senso comum opta pelo mais fácil, o julgamento, a esteriotipação. O estudante ocultista vê nisto a oportunidade de compreender o seu próprio caminho, retirando através da reflexão o ensinamento necessário para dar o próximo passo em direção a sua verdadeira vontade.
A crítica por si só não é um instrumento valioso para um buscador, porque através dela surge o olhar enviesado pela perspectiva de uma crença, impedindo a verdade, que é pluridimensional de surgir. A verdade não se apresenta como um recorte, ou como uma perspectiva, mas justamente pela integração destas.
Tudo oquê todos falam é sobre a história da alquimia, mas como à começar ? '-'
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